segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Três ganhadoras do Nobel da Paz 2011

As três mulheres que dividirão o Prêmio Nobel da Paz deste ano têm em comum a luta por maior espaço da mulher na sociedade, e pelos direitos humanos em geral.

Segundo as palavras do comitê Nobel, que anunciou a premiação em Oslo nesta sexta-feira, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a ativista Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman se destacaram por suas 'lutas não violentas pela segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres de participar do trabalho de construção da paz'.

"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as mulheres alcancem as mesmas oportunidades que os homens para influenciar o desenvolvimento em todos os níveis da sociedade", afirmou o presidente do comitê, Thorbjöern Jagland.

Saiba mais sobre a vida e a carreira das premiadas.

"Ellen Johnson-Sirleaf"


Economista com formação nos Estados Unidos e ex-ministra das finanças, a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, foi a primeira mulher a se tornar chefe de Estado na África em janeiro de 2006.

Conhecida em seu país como 'a dama de ferro', Sirleaf garimpou a maior parte do seu apoio entre as mulheres liberianas e a pequena elite com mais acesso à educação no país.

A atual presidente, nascida em 1938, tem em seu currículo passagens pela ONU e o Banco Mundial, além de ter encabeçado o Ministério das Finanças da Libéria nos anos 1970, durante o mandato do então presidente William Tolbert.

Durante seu governo, Johnson-Sirleaf pôs em marcha programas de educação para mulheres e criou um tribunal especial para casos de estupro - rompendo um tabu na política do país.

Ela tem sido criticada principalmente por sua ligação com o ex-líder Charles Taylor, que se tornou um proeminente 'senhor da guerra' africano após o assassinato do ex-presidente da Libéria, Samuel Doe, e acabou se elegendo presidente do país.

Em um depoimento na Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria em 2009, Sirleaf admitiu ter apoiado Taylor inicialmente, mas disse que foi ludibriada a crer que a guerra era necessária para causar uma mudança no país.

"Leymah Gbowee"



Embora o conflito na Libéria não tivesse causas diretamente ligadas à religião, Gbowee percebeu que havia tensões entre cristãos e muçulmanos, e trabalhou com mulheres das duas religiões para buscar entendimentos. Ela incentivou as mulheres a realizar as chamadas 'greves de sexo', rejeitando sexo com seus parceiros em busca de um objetivo.

Foi trabalhando com ex-crianças que lutaram como soldados no exército de Charles Taylor que a assistente social e mãe de seis filhos percebeu que 'qualquer mudança dentro da sociedade (liberiana) teria de partir das mães'.

A mobilização foi importante em forçar o regime de Charles Taylor a negociar a paz com rebeldes, nos esforços subsequentes de desmilitarização do país e na própria eleição de Sirleaf. Leymah Gbowee se tornou depois a cabeça da Comissão da Verdade e Reconciliação da Libéria.

Ativista com diversos prêmios recebidos por trabalhos humanitários, sobretudo em relação aos direitos das mulheres, Gbowee é desde 2006 a diretora-executiva da Rede Paz e Segurança - África, uma organização que trabalha com mulheres na Libéria, Costa do Marfim, Nigéria e Serra Leoa para gerar transformações positivas através do ativismo pela paz, educação e política eleitoral.

Tawakkul Karman


Terceira homenageada com o Prêmio Nobel da Paz de 2011, a jornalista do Iêmen Tawakkul Karman é uma figura proeminente do maior partido de oposição iemenita, Al-Islah, e diretora da organização Women Journalists Without Chain ('Mulheres Jornalistas sem Correntes'), fundada por ela em 2005.

Ao saber do prêmio, a jornalista disse que dedicava o seu Nobel 'à juventude da revolução no Iêmen e ao povo iemenita'.

No início deste ano, ao visitar os Estados Unidos para receber o prêmio Internacional Women of Courage Award ('Prêmio Internacional Mulheres de Coragem'), ela foi elogiada pela secretária de Estado e a primeira-dama americanas, Hillary Clinton e Michelle Obama, por sua luta pelos direitos das mulheres.

Fonte:http://biografias.blogs.sapo.mz/2077.html

Fotos:http://veja.abril.com.br/assets/pictures/52210/ganhadoras-nobel-da-paz-2011-size-598.jpg?1317984348
Foto Ellen Johnson-Sirleaf: http://www.portugues.rfi.fr/sites/portugues
Foto Wangari Maathai:www.noticiasbr.com.br/imagens/
Foto Leymag Roberta Gbowee : http://i0.ig.com/bancodeimagens

Projeto prevê prisão a mulheres grávidas soropositivas que recusarem tratamento





Projeto de Lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer criminalizar gestantes e parceiros que se recusarem a tratar doenças como Aids e sífilis, que podem causar danos permanentes ao feto. O deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS) é o autor do anteprojeto, que prevê penas de até três anos de prisão às gestantes soropositivas.

O autor justifica sua proposta afirmando que aquelas mulheres que não fazem a prevenção estão negligenciando o risco de morte do feto. O PL 1019/2011, segundo o deputado, se baseia nas leis que criminalizam, por exemplo, o aborto e a lesão corporal proposital. A proposta está sendo bastante criticada por entidades que defendem os direitos das mulheres soropositivas.

O Projeto de Lei 1019/11 será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, e só posteriormente será votado em Plenário.

Fonte: http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/noticias/
Fonte Fotos: cidparking.blogspot.com
prazeralexandre.blogspot.com

Mulheres vivendo com HIV/AIDS contribuem na resposta à epidemia



Realizado pelo Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), em atividade integrada com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS VIH/SIDA (UNAIDS/ONUSIDA), a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e em parceria com Países Membros da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe ‐ o projeto visa fortalecer a prática do ativismo e a participação cidadã em direitos humanos, gênero, advocacy e controle social das políticas públicas locais, com vistas à redução da iniquidade de gênero e à ampliação e melhoria do acesso de mulheres vivendo com HIV‐VIH a serviços de prevenção, tratamento, atenção e apoio ao HIV/AIDS‐VIH/SIDA e de atendimento à mulher em países de língua oficial portuguesa.

A Oficina de Brasília é a quarta de uma série de atividades que serão realizadas até o final de 2012 nas cinco Regiões brasileiras e, na África, em Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Espera‐se fortalecer as capacidades de atuação de mais de 150 mulheres nesses seis países e promover oportunidades de intercâmbio de experiências e mobilização conjunta. Eduardo Barbosa, Diretor Adjunto do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde destacou que “o engajamento do movimento social foi essencial para os resultados alcançados pela resposta brasileira à epidemia de AIDS. Reforçar capacidades de mulheres vivendo com HIV/VIH agrega resultados positivos na melhoria dos serviços de saúde e no com bate ao estigma e à discriminação”.

Entre os resultados esperados do Projeto SABER PARA REAGIR estão: a elaboração de diagnósticos sobre cada um desses países, organizados de forma participativa, sobre os marcos legais essenciais à resposta ao HIV/VIH, questões de gênero e violência contra as mulheres; o desenvolvimento de material didático e visual para assessor movimentos de mulheres vivendo com HIV/VIH da CPLP; e a promoção da integração e atuação em rede, fortalecendo a cooperação mútua e o intercâmbio de experiências entre essas mulheres com vistas à atuação política e de advocacy para firmar compromissos com o poder público visando a implementação de agendas pactuadas em níveis locais. Para Pedro Chequer, Coordenador do UNAIDS/ONUSIDA no Brasil e ponto focal do UNAIDS/ONUSIDA para a CPLP, “esta iniciativa inédita criará espaços de intercâmbio de conhecimentos e práticas que permitirão o empoderamento de mulheres e fortalecerão a resposta à AIDS e a promoção da equidade de gênero nos países parceiros.”

Serviço:
Quarta oficina do projeto “Saber para Reagir” – 26 a 30 de setembro de 2011, no Centro de Convenções Israel Pinheiro, SHIS - conj. A EPDB - Lago Sul (Entrada da Ermida Dom Bosco, na altura da QI 29 do Lago Sul, ao lado da Ermida Dom Bosco, próximo à Barragem) em Brasília, DF.
Fonte:http://www.observatoriodegenero.gov.br/menu/noticias/